tudoaquilo
tudoaquilo
         ano 2
eu

O que pensei...
O que vi...
O que senti...
Continua sendo pouco...
Ainda não é tudo...
É quase tudo...
Talvez tudoaquilo...



outros







   sábado, abril 27, 2002  
Final de semana. Mais um. Almoçamos em casa, com a companhia de uma família, amigos.
A conversa costumeira estendeu-se pela tarde, naquele "nada pra fazer" gostoso, típico das visitas agradáveis. Ainda durante o almoço, tocou o telefone. Era de um outro pessoal, amigos também, perguntando dos planos para o almoço... de domingo... almoço este, de nossa parte, já combinado com outros amigos, para uma espécie de "fuga da rotina", saída da cidade, fazer nada em outro lugar. Essa saída, havia sido agendada como um bom pretexto para escaparmos de um outro "convite", um pessoal que queria fazer festa lá em casa, mas com quem, apesar da amizade, não consegue-se ter quinze minutos de conversa agradável...
... E esse envolvimento todo já dura algum tempo. Sinceramente, não lembro de um domingo em 2002 em que estivéssemos sozinhos para o almoço... e nos últimos dois meses, nem os sábados escaparam.

Alguns interesses à parte, é gostoso passar pela vida encontrando os outros pelo caminho... interesses comuns, histórias pra contar, sorrisos pra compartilhar. Penso na quantidade de pessoas com quem trocamos palavras, no decorrer de uma vida. Com algumas delas, uma identificação maior garante a continuidade da conversa, e por vezes, uma amizade até. O tempo passa, e da forma como chegaram, algumas vão embora. Podem deixar marcas, boas ou más, ou nenhuma evidência... mas nesse intervalo, outras chegaram, e o ciclo recomeça. De tudo, em condições normais, deixamos a existência com um círculo de amigos bem maior... em casos excepcionais, pode-se aglutinar em torno de si um bom número de admiradores, e deixar saudades...

Gosto de observar as pessoas, aquelas que podemos chamar de "unanimidade"... Naturalmente, não tenho ilusões; todos nós temos nosso lado complicado, nossos próprios problemas, nossos defeitos. Mas na média, esses gostam de sorrir, não são adeptos das palavras rudes e preferem sofrer o prejuízo... e acumular amigos, companheiros, conhecidos apenas... gostamos deles - não sabemos exatamente o motivo, mas gostamos.
Existe o outro extremo. Ninguém gosta deles, nem eles próprios. Mal falados, fechados, amargos... falam mal de tudo e todos, caluniam, brigam, se defendem... e nessa tentativa de auto-proteção, acabam sozinhos.

É complicado quando vemos alguns traços negativos em nosso modo de ser, em nossa forma de tratar os outros. Difícil também, porque face a correria atual, não sobra tempo para uma "consulta" aos nossos próprios procedimentos. Além disso, os outros devem aceitar-nos como somos. Também penso que, esforços envidados apenas com o intuito de agradar aos outros, são no mínimo, demonstração de falsidade. Mas a vida se apresenta cheia de oportunidades para um "olá", uma palavra amiga, um sorriso, uma manifestação de amizade, um telefonema, um "lembrei de você". É a lembrança de que o mundo não acaba na esquina, e que o universo não gravita em torno de nosso umbigo... de que eu devo preocupar-me com os outros, antes que eles preocupem-se comigo.

Pessoalmente, prefiro ser lembrado pelas coisas boas... não sei se vou conseguir, mas estou tentando.
   . as 10:15 PM


   quinta-feira, abril 25, 2002  

"Basta prender sua atenção por duas linhas e meu trabalho está completo, meu dia está feito e minha felicidade está garantida. Duas linhas! E olha aí, acho que consegui..."
Luis Fernando Veríssimo

... eu também ... será ???
   . as 5:06 PM